original

original

Sacerdotisa Curadora


 Vou por encantadas trilhas, no caminho Dela que nos fia.Sua Teia, sonhos e encantos. Vou cantando. Canção de cura e acalanto!

Como Sacerdotisa da Deusa, as questões do Sagrado Feminino tem permeado todo o meu trabalho. Desde o início da idade adulta, dezoito anos, ainda estudante de Artes Plásticas, as Vênus paleolíticas me capturaram nas primeiras aulas de história da Arte para o estudo do Feminino. Já se vão 16 anos. Primeiro foi uma pesquisa visual de símbolos ligados ao Feminino e busca de leitura sobre Feminino, Deusa e temas relacionados, o que não era muito fácil na época.
A sincronicidade sempre foi uma constante na minha vida e à medida que eu me aprofundava na pesquisa visual mais literatura ia aparecendo no Brasil. Paralelamente eu estava redespertando uma mediunidade que aflorou na infância e ficou meio adormecida na adolescência. Mas ainda não havia encontrado um lugar para ela na minha vida, o que fazia com que ela se desregulasse e incomodasse muitas vezes. O incômodo me fazia buscar e nessa busca conheci várias abordagens da espiritualidade e fui entendendo o que era a mediunidade.
No final da faculdade(Educão Artística) eu freqüentava um centro espírita kardecista e comecei a sonhar bastante com os mestres e anjos da fraternidade branca. Mas sentia que ainda não era a minha praia e eu me sentia meio perdida. Um dia pedi a um dos guias com quem conversava que eu gostaria de fazer algum trabalho pela Terra, pela mãe natureza.
Logo em seguida descobri duas coisas que deram o clic que faltava. Arteterapia primeiro e Wicca em seguida. A arteterapia reúne os elementos de Arte, expressão, magia, sonho, cuidado, próprios do Feminino e que eu via separados na arte contemporânea. Eu vejo a arteterapia como um reencantamento da Arte, um resgate de origens em que o objeto artístico era parte da dimensão mágica e sagrada da existência. Pude perceber o quanto isso é verdade quando descobri a Wicca e percebi quanto existe de procedimentos de magia no atelier arteterapeutico. Pena que a maioria dos profissionais não veja isso, já que estão olhando a arte e a psique com os óculos da ciência apenas.
Para mim o chamado da espiritualidade estava cada vez mais forte e eu andava procurando algo que não sabia o que fosse. Descobri numa livraria quando encontrei um livro chamado O GOZO DAS FEITICEIRAS. Podia ter sido qualquer outro sobre wicca ou bruxaria tradicional, mas tinha que ser sobre a relação da bruxa com a sexualidade, com o gozo da vida, da natureza. Mas isso só iria ficar claro bem mais tarde. Nesse primeiro momento o que descobri foi que a Deusa não era só um mito nem um arquétipo(enquanto o Deus masculino é tido como real). Ela era muito real, estava viva e estivera me chamando todo o tempo. Foi como voltar para casa e tudo fazer sentido de uma vez só. Essa descoberta teve um impacto curativo enorme em mim.Os anjos e mestres com que estivera em contato me incentivaram a seguir o caminho da Deusa. Descobri que não há disputa religiosa na espiritualidade.
Quando comecei a levar as histórias da Deusa para o grupo de mulheres no estágio de arteterapia percebi que Ela era curativa, independente das nossas crenças. Ouvir sobre a Deusa nos ajuda a pôr lentes favoráveis sobre nosso ser-mulher! E ouvir sobre Ela e Seu consorte, o Deus da Bruxaria, é curativo para homens e mulheres oferecendo uma visão de masculinidade sadia e não violenta.
Voltando ao grupo de Arteterapia percebi que sobretudo a Deusa do Amor fazia fallta. Conversar com outras arteterapeutas que trabalhavam com “mitos” me confirmou esse diagnóstico. Chamei de necessidade de Afrodite essa falta, esse anseio que reclama muitas faltas dos encantos da Deusa. Anseio por mais tempo para si, por acreditar em sonhos, por mais respeito para o Feminino, por mais prazer e romance, por criatividade, beleza e poesia na vida, por encantamento, magia e auto-estima. E por dividir essas coisas do ser-mulher.
O final do grupo rendeu um artigo publicado e um período de aprofundamento na magia e em mim mesmo. Mergulhei em meu trabalho de sombras que é como chamamos em bruxaria o trabalho de cura e aceitação de nossas partes feridas, que normalmente não olhamos. E sempre tem muita coisa da sexualidade para ser curada e integrada, o patriarcado traz muitas feridas sobre ventres e falos. Dentro do meu trabalho de sombras começaram a vir memórias de vidas passadas e viagens astrais guiadas pela minha Deusa Madrinha, que é aquela que conduz nosso aprendizado. No meu caso, minha Deusa madrinha é Ísis, também Deusa do Amor, das águas do mar e do Nilo, mas também uma iniciadora nos mistérios e uma curadora. Por essa época eu já estava ensinando bruxaria a um parceiro mágico, me tornando uma iniciadora e Isis me mostrou que eu podia guiar outras pessoas em busca de memórias esquecidas e de partes perdidas de si mesmos. Surgiram o Resgate de Alma e uma Sacerdotisa Curadora. As Sacerdotisas de Isis costumavam ajudar as pessoas a lidar com suas dores mais profundas, enterradas, aquelas que nos prendem ao passado e é isso que o Resgate de alma faz.
Eu já era arteterapeuta, terapeuta floral e reikiana, mas eu sentia que minha atuação ainda era limitada. Quando a terapia virou um Sacerdócio de cura passei a conseguir prover um ambiente de acolhimento pela energia da Deusa onde as pessoas se sentem seguras para ir bem mais fundo. E eu mesma pude entrar mais fundo no próprio reiki e recuperar a fraternidade branca, agora pela porta de entrada da deusa. Eu estava ainda concluindo o grau de mestra em reiki usui quando começou a surgir Avatar.
Novamente não fui procurar esse conhecimento, recebi um chamado. Oito novos símbolos que fui descobrindo que funcionavam também como portais para um mestre e uma mestra, alguns para um deus e uma deusa, sempre um casal. Descobri que minhas Deusas tinham cargos importantes dentro da hierarquia da fraternidade branca e que esta estava empenhada no resgate do Feminino e na cura das relações de feminino e masculino e em nossa reconexão com a mãe Terra. Contaram-me que havia um grupo de trabalho da Fraternidade Branca, chamado Fraternidade da Lótus que estava empenhada nesse resgate pois ele é parte de uma grande mudança de consciência e de padrão vibratório que já está em curso e se aceleraria em breve. Ainda não se falava tanto de 2012 e transição planetária, ainda não tinha acontecido a primeira tsunami na Ásia quando os mestres começaram a trazer os símbolos e também comecei a sonhar com ondas gigantes. Passei dois anos apenas testando, formatando e ensinando Avatar a pessoas próximas. Descobri que ele era um instrumento para ajudar aos trabalhadores da luz na transição
O trabalho com os símbolos de Avatar leva a grande expansão da
consciência permitindo aumento de intuição,facilidade de projeção
astral, contato com guias espirituais, sabedoria interna e com as Mestras e
Mestres.
Avatar é um chamado para conectar-se com a Divindade interior e através Dela, com a Grande Teia de Toda a Vida em uma rede de compaixão(consciência de Avatar), preparando nosso padrão vibratório para ascender à Nova Consciência de Unidade que busca se estabelecer em Gaia através da Transição Planetária.
Através dos símbolos a Irmandade tem trazido de volta antigos rituais das escolas de mistério do Sagrado Feminino. Entre eles o trabalho de cura da sexualidade, a consagração dos ventres e falos,que juntamente com as mensagens dos encantados, é minha prioridade divulgar atualmente.

Sacerdotisa Karina Lira


Momentos especiais:
Palestra e Vivência da Sacerdotisa: A Sexualidade Sagrada e o Cálice do Graal
 Unipaz Recife em Maio de 2010
III Encontro de Neopaganismo - Carnaval de 2010 em Campina Grande

Nenhum comentário:

Postar um comentário