Estou de
volta a Recife, a este blog e retomando meus atendimentos depois de passar 2011-2012 mais introvertida trabalhando em meu livro e em meu coração. O Processo que começou em outubro de 2010 e que descrevi na postagem Aliança e Unidade vem se aprofundando e tem me levado a viagens dentro de mim mesma e também através do país.
Foram dois anos passados em mergulho interior na cidade de Alto
Paraíso de Goiás. Rendeu o livro, Sacerdotisa do Amor, que finalmente está pronto(foram 9 anos de trabalho)e em
processo de análise pelas editoras, muito trabalho de auto-conhecimento e
meditação. Aprofundei-me em meu trabalho de sombras, em meus estudos de
alquimia e praticas de transmutação de sentimentos negativos, trabalhei como
médium num centro espírita e como arteterapeuta em uma instituição que abrigava
crianças retiradas de casa pelo ministério público.
Trabalhei muito meu coração que vinha ferido pelo luto de
várias perdas e aos poucos encontrei na experiência da compaixão meu caminho de
ressurreição. Foi um chamado que me levou até lá, uma série de visões com
Maitreya seguidas por sincronicidades que me puxaram para lá. Já cheguei com
emprego de professora embora depois tenha mudado de trabalho e no finzinho me
dedicado só ao livro que realmente precisava nascer. Aliás ao livro e aos acampamentos.
Eu subia sozinha uma montanha, acampava no topo e ficava em
meditação e contato com minhas sombras e meus sentimentos. Limpando espaços em
meu coração. Pelo meio do processo compreendi que preparava o caminho para o
nascimento de Maitreya. Estava vivendo o caminho alquímico do casamento entre
Psique(Alma) e Eros (Espírito/Amor compassivo) que enquanto escrevia sobre ele
em meu livro.
Maitreya, imagino que saibam, é o Buda da Compaixão. Subi a
montanha pela primeira vez em caminhada meditativa com um Lama da linhagem
drukpa do budismo tibetano que estava de passagem por lá e agora muito
curiosamente mora aqui em Recife assim como eu. Perguntei a esse Lama sobre
Maitreya e entre outras coisas ele disse que Maitreya nasce no coração de todos
nós quando nos abrimos para a compaixão. Lindo! Guardei aquilo...
No 12/12/12 logo de manhã antes de subir a montanha para o
meu último acampamento abri uma revista que circula na região e trata de temas
místicos e espirituais. Havia um texto do Dalai Lama falando sobre a compaixão
e sobre como ela preenche a solidão. Comecei a sentir um imenso bem-estar e à
medida que subia parecia que o Dalai estava lá comigo e todos os seres de
compaixão que vibram com ele e quando cheguei ao topo meu coração transbordava
de amor por tudo e por todos. Sinto que Maitreya nasceu em mim neste dia, vivi
uma iniciação. Fiquei um longo tempo deitada à noite em meu colchão inflável, olhando
as estrelas e sentindo o êxtase daquele amor cheio de bem-aventurança e
plenitude, Amor por tudo e por todos! Senti que desejava dedicar minha vida ao
amor e à compaixão. Este desejo permanece embora depois de janeiro os momentos
de êxtase amoroso tenham ficado mais espaçados.
Continuo sentindo que esta profunda iniciação está em
processo. Muitas das minhas antigas estruturas de defesa egóicas estão ruindo e rápido o que pode ser bastante doloroso. Mas quando
uma estrutura de defesa cai, morre, é o Amor quem ocupa o lugar. É uma
transmutação e estou deixando que ela se aprofunde e me modifique, tudo está
sendo revisto e reciclado, pensamentos, crenças, defesas, prioridades, valores,
modo de trabalhar. Está tudo cada vez mais subordinado ao Amor que para mim é
maiúsculo quando me refiro ao Amor incondicional.
Continuo sendo terapeuta, mas estou mais interessada em
facilitar a descoberta do Amor, que afinal é o que de fato cura, do que em
tratar sintomas. Continuo sendo Sacerdotisa da Deusa, mas entendo que este,
assim como todo caminho que brota de um chamado espiritual autêntico é um
caminho para o Amor, é onde vai dar toda estrada nos rumos da Alma.
Frequentemente me refiro a mim mesma agora como Sacerdotisa do Amor porque com
o meu processo iniciático e com a escrita do livro percebi que é para onde eu
realmente desejo ir.
Mesmo os meus trabalhos, Sistema Avatar e Resgate de Alma
estão mudados e mais profundos. Não entendo mais o Avatar como um Sistema de Reiki. Apesar de ter
símbolos e iniciações como o Reiki ele vai além e tem objetivos diferentes.
Reiki é um sistema de cura e eu acabei me dando conta de que o que estava
canalizando era um Caminho espiritual para a alquimia da consciência humana que pudesse
ser acessado independente de religiões. Em vez de Reiki Avatar ou Sistema
Avatar fica melhor chamá-lo de Arte! Arte como algo que se pratica e aperfeiçoa
diariamente, como algo que é vivido de maneira muito individual por cada um e
também como Arte Antiga que era como os alquimistas chamavam seu labor-oração
em busca do ouro solar do coração. Arte do Amor é como eu o chamo agora porque o
Amor é o Sol que nasce dentro de nós e o maior tesouro que podemos ter. Arte do
Amor é um caminho iniciático e não um trabalho de cura ainda que o Amor seja
tão curativo.
O resgate de Alma também se mostrou ser muito mais do que eu
imaginava que fosse. Já conhecia bem a eficácia dele em dissolver bloqueios causados por traumas desta ou de outras vidas, mas agora percebo que a liberação de traumas
é só parte do processo de organizar a mandala da Alma para dar nascimento ao
Amor. Há muito a ser reconhecido; sombra, polaridades internas, criança
interior, é um processo alquímico também e faz necessariamente parte do caminho
da Arte do Amor. A recíproca, porém não é obrigatória e pode haver resgate de
Alma sem a intenção de aprofundamento em um caminho iniciático, como um
tratamento. Mesmo assim sinto que é necessário enfatizar que faz parte de um
processo alquímico de resgate e reordenação da integridade do ser de forma que
passa a se chamar Alquimia das Emoções.
Poderia ser Alquimia da Alma, mas nem todo mundo tem claro
que a Alma é como um oceano de registros de memórias e emoções guardadas, coisas que
acreditamos ser parte de nós, mas são apenas bagagem. Melhor falar em Alquimia
das emoções porque fica claro que nos identificamos com nossas emoções, mas
elas não são quem somos, apenas como estamos.
E há algo mais sutil surgindo também em função do meu
próprio avanço no caminho da Arte do Amor. Seu nome é Mandala de Maitreya, um
trabalho de entrega da criança interior aos cuidados do Amor e consequentemente
de reordenação da paisagem interna já que a criança está no centro da mandala
da Alma. A criança é a parte de nós inocente o suficiente para receber o Amor,
é nosso portal para o Sol interior do Espírito. Não está tão apegada a uma
história, ainda pode se maravilhar com o aqui e agora, pode se permitir
apenas ser e brincar se pudermos resgatá-la e acolhê-la do lugar de maus tratos
em que aprendemos socialmente a colocá-la. Essa parte do trabalho está em teste
em mim mesma e nos colaboradores mais próximos. Os resultados têm sido
promissores.
Com o livro pronto, a maior parte da reformulação do
trabalho já feita e meu site também em breve renovado eu estou voltando aos
atendimentos e em breve às palestras e cursos.
São dois espaços de atendimento por enquanto. Um é o Gerar
em Casa Forte e o outro fica no centro da cidade, dentro de uma
associação(ATSEPE) que funciona dentro do prédio da Secretaria de Saúde. Atendo
com Alquimia das emoções, Arteterapia, Reiki, Frequencias de Brilho, Reflexologia e Massagem Thai Yoga(massagem voltada para consciência corporal).
A Arte do Amor continuará no formato de curso oferecido em
módulos, mas com acompanhamento individual já previsto entre os módulos e
voltará a ser oferecida em breve assim como a Mandala de Maitreya também logo
deve estar disponível. Novas informações serão divulgadas em
www.lotuspurpura.com.br
Eis algumas imagens do meu paraíso na montanha
Informações e agendamentos:
81-9830 5341
81- 8629 7421