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Sexualidade Sagrada


 Mestra Madalena e o Ritual de Cura da Sexualidade. 
Sexo é a força da Vida. Fazer as pazes com ele é viver em plenitude!


 A energia mais sublime trazida pelos Mestres e Mestras de Avatar, o cálice do graal, foi trazido pela Mestra Madalena, que se apresentou com o nome de Sangraal, a guardiã do cálice! Responsável pelo oitavo símbolo, o que se chama Avatar e dá nome ao Sistema. Ela nos traz a energia da Amante Divina e da Sexualidade Sagrada. Com seu símbolo fazemos a invocação ao Graal, o cálice sagrado, que nos banha em uma energia amorosa muito poderosa e nos conecta à nossa Divindade.
            Para entender essa relação vamos olhar um pouco o simbolismo do cálice dentro da religião da Deusa.
O cálice é um símbolo da Deusa e de suas águas primordiais, da vulva, do útero e do coração, com seus poderes de criar vida, amor e prazer. Um dos maiores símbolos de poder da Deusa, ele é tanto o Feminino e seu ventre  húmido, pleno de gozo e fertilidade, quanto a união do Feminino e do Masculino, porque o Amor e a conciliação são dons do Feminino. O ego deve render-se à Deusa assim como o guerreiro Marte se rende aos abraços de Vênus.
   A religião da Deusa é uma religião do erotismo. O sexo está no centro de cada ritual como uma entrega e reverência às forças Divinas criadoras de vida em nós. Chamamos o Sagrado em suas faces de Deusa e Deus a abençoarem nosso ritual e nossos pedidos com a sua união, seu casamento sagrado. Pedimos que se casem entre si e conosco pois não há energia mais poderosa do que aquela capaz de gerar uma nova vida, seja em uma criança ou em nossa alma, que se renova com a descida do sagrado sobre nós.
 A maneira tradicional de fazê-lo é quando uma Sacerdotisa e um Sacerdote emprestam seus corpos aos deuses para a consumação dessa união entre a Deusa e o Deus e entre nós e eles, o hierosgamos. A consciência mergulha no Sagrado e respiramos o Sagrado, bebemos o Sagrado, nos alimentamos dele e fazemos amor com o Sagrado.

  O hino de Inana que segue abaixo demonstra  a relação sagrada da Deusa do Amor com a sexualidade e o prazer. Suas Sacerdotisas recebiam os homens que voltavam da guerra para que amando a Deusa através delas, não entrassem na sociedade com a morte na alma. Os governantes também não podiam reinar sem antes entregarem-se ao abraço da Deusa através de sua Sacerdotisa pois ele devia saber que era casado com Ela, que era a Terra a quem lhe cabia servir e proteger e jamais abusar pois lhe dera a Vida e o Poder de reinar e ambos tiraria quando chegasse a hora.


       Marte,a guerra, se rende a Vênus, ao Amor! 

 Essas Sacerdotisas eram chamadas de hieródulas ou "prostitutas" sagradas, o que não era, obviamente termo pejorativo. Tampouco o termo prostituta queria dizer que amassem estes homens pelo dinheiro pois a quantia que eles ofertavam ao templo podia ser de qualquer valor. Também as não Sacerdotisas nos tempos antigos iam ao templo aprender as Artes do Amor e deitar com um desses homens ao menos uma vez antes de casar para que levasse para seu casamento o conhecimento de que ela era a própria Deusa ao deitar com seu marido. 

"Quando para o touro selvagem, para o senhor, eu me tiver banhado,
Quando para o pastor Dumuzi eu me tiver banhado,
Quando com âmbar minha boca eu tiver coberto,
E então em suas mãos claras minhas costas tiverem aconchegado,
Quando o senhor, deitado ao lado de Inana, o pastor Dumuzi,
Com leite e creme o colo tiver sido amaciado,
Quando sobre minha vulva suas mãos ele tiver pousado,
Quando com seu barco ele tiver trazido vida a ela,
Quando sobre o leito ele tiver me acariciado,
Então acariciarei meu sehor e doce destino escolherei para ele,
Acariciarei o fiel pastor, doce destino escolherei para ele,
Acariciarei suas costas, o pastor de todas as terras,
Eis o que decretarei para seu destino."


- Canto de Amor da Deusa do Amor Inana em que descreve o rito do Casamento Sagrado com o rei Dumuzi. Das tábuas de Gudea, 3000AC.



   Hoje, passados cinco mil anos e depois da liberação sexual, estamos ainda longe de lidar tão bem como naqueles tempos com essa força, a mais sagrada que existe em nós. A ferida da culpa e vergonha que nos foi imposta é tão grande que mesmo entre Sacerdotisas da Deusa e  os Sacerdotes de seu Consorte é raro acontecer o hierosgamos. A forma simbólica é mais usada atualmente, utilizando o cálice e o punhal para representar o Grande Rito do casamento sagrado.
 O cálice é como o sexo e o útero da mulher e da Deusa, contendo vinho(representando o sangue) ou água, os líquidos da vida, as águas primordiais. O punhal representa o falo do homem e do Deus e é mergulhado no líquido do cálice no ponto alto da cerimônia, o mistério do Grande Rito, sem o qual a mesma não está completa. Embora hajam Deuses do cálice como Dioniso, deus do Prazer e Deusas da Espada como Athena, Senhora da Justiça. Em última instância o cálice é a fonte de vida e a espada a defesa que fazemos dela. Unir os dois é reconhecer a sacralidade da Vida, do Prazer, do Sexo, de nós mesmos!


Quando perdemos a Deusa do Amor, Ísis, Afrodite, Vênus, Inana, Ishtar e a própria Gaia, perdemos esse sentimento da sacralidade de nossos corpos e do sexo. Fomos desligados do Sagrado que passou a ser visto como estando fora de nós. Dor, culpa, violência e abusos de todos os tipos são o resultado dessa desconexão com o Sagrado. Nossos ventres e falos estão feridos por essa separação imposta pelo patriarcado

Limitar a sexualidade de uma pessoa é limitar a sua vitalidade, pois a energia do sexo é a força de vida. Todos os nossos impulsos para prazer, sobrevivência, criatividade, auto-afirmação e toda a força que alimenta nossas funções mais sutis está contida no chakra básico, o centro da sexualidade. É uma só e mesma energia, representada como uma serpente de fogo que sobe pela coluna e alimenta os vários aspectos de nossa existência. Para haver saúde este fogo deve estar aceso e forte e encontrar caminho livre. Os tabus e abusos que sofremos sobre a nossa sexualidade enfraquecem esse fogo nos deixando dóceis, manipuláveis. Condenar o sexo não é uma questão de moralidade ou espiritualidade e sim de poder.
            Mesmo porque o mais profundo êxtase espiritual acontece quando cultivamos o fogo do prazer aceso por tempo suficiente para que ele suba por nossa coluna e estimule o centro coronário no alto da cabeça quando então o Divino pode descer sobre nós. Trata-se de uma união sexual, em que convidamos o Divino a fazer amor conosco. Ofertando nosso prazer ao Sagrado elevamos nosso fogo, a entrega e a devoção nos abre para que o Sagrado possa descer sobre nós. Quando o Sagrado desce estamos imersos na iluminação, no êxtase amoroso que queima o ego e elimina a separação.
Todos os atos cotidianos podem ser oferecidos ao Divino, que se torna convidado em nossas vidas como o mais doce Amante que se deseja ter sempre ao lado. E cuja presença é naturalmente desejada com especial ardor em nossa cama. Nos templos antigos aprendia-se o mistério de preencher com esse doce amante os nossos encontros amorosos. Aprendia-se a Arte do Sexo Sagrado sob as bênçãos da Deusa do Amor e sob as instruções de suas sacerdotisas.
            As espiritualidades que recuperam a figura da Deusa recuperam também a Sexualidade Sagrada e o prazer de viver. A Deusa cria a vida fazendo amor com o Deus, seu consorte divino. Ela cria pelo prazer da sua vulva, seu cálice sagrado.

Consagração do ventre e do falo.

Neste ritual conectamos nossa energia sexual às forças de Vida, Fertilidade e Abundância da Mãe Terra desenvolvendo o sentido de conexão com a Teia da Vida e o sentimento de estarmos imersos em Magia e Sacralidade.
   É um ritual de empoderamento e reencantamento em que restabelecemos a ligação entre nossos Corpos, nossa Sexualidade e o Sagrado e principiamos a cura das feridas que essa separação nos impôs. A cura acontece à medida em que recuperamos os valores de Prazer e Vitalidade, nos libertando de valores culturais como culpa e dor.
  O ritual utiliza o terceiro, quarto e oitavo símbolos de Avatar, óleos essenciais, flores e sementes, massagem e toques delicados, combinados a antigas palavras de consagração e cura.
  A mulher conecta ao Poder do Ventre e do Feminino Sagrado, o homem conecta com o Poder do Falo (para a Vida, não para a morte como tem sido usado) e o Masculino Sagrado. Ambos conectam a outra polaridade dentro de si para a plenitude.
  Neste ritual trabalhamos com a Deusa do Amor, também chamada A Senhora das Rosas, recuperando os Mistérios dos Antigos Templos do Amor. Nada há de mais sublime  que este êxtase de  completude  imanente e transcendente de ter  e ser a Divina Presença em si.


Kalira Sacerdotisa da Arte 

6 comentários:

  1. Há um Templo da Deusa no Rio de janeiro, que possa vivenciar o Ritual?
    Se houver meu email é dahoraton@hotmail.com.
    Grato

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  2. Muito interessante...gosto gosto gosto

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  3. Muito interessante...gosto gosto gosto

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  4. excelente
    !!!! luz p azamor e harmonia!!!! viva a deusa!!e o deus!! em união eterna!!

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  5. Babilônia com sua taça cheia de sangue de sua imoralidade sexual.

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  6. O Murilo parece não ter entendido que Babilônia é a tentativa de controle do sexo a partir da castração do ser das pessoas.

    Mas, escrevo para saudar a autora (não que ela precise), mas é que dos muitxs conectados fico feliz com quem absorveu as aulas dos Mestres e Mestras. As percepções que tu faz a partir de Jesus e Magdala eu as tenho mais clareza, mediante os ensinamentos de Saint Germain e Portia. E, isso nos era passado, ou eu representava como sendo numa grande cozinha. De modo que esse amor, essa integração é a busca que vamos transmitindo. Encontrar isso num texto, à época na qual os excessos foram e continuam sendo muitos e graves; causa alegria.

    Grato

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